domingo, 10 de junho de 2012

Usina de Ondas do Porto do Pecém




A usina de ondas do Porto do Pecém, que transforma os movimentos do oceano em energia, será lançada, oficialmente, durante o evento Rio +20, a ser realizado entre os dias 13 e 22 desse mês. Pioneiro na América Latina, o projeto, inicialmente, irá abastecer o próprio Porto. De autoria do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) - vinculado à UFRJ - e financiado pela Tractebel, contando, ainda, com o apoio do governo do Estado do Ceará, o empreendimento instala, no Brasil, experiências conhecidas em outros países, como Portugal, Holanda, Japão e Reino Unido.

Como funciona
O funcionamento ocorre em função de grandes "braços mecânicos" que foram instalados no píer do Porto do Pecém. Na ponta desses mecanismos, em contato com a água do mar, há uma boia circular.

À medida que as ondas vão batendo, a estrutura faz movimentos de subida e descida, o que aciona bombas hidráulicas, que fazem com que a água doce contida em um circuito fechado, no qual não há troca de líquido com o ambiente, circule em um local de alta pressão. Essa água que sofre grande pressão vai para um acumulador, que tem água e ar comprimidos em uma câmara hiperbárica, que é o pulmão do dispositivo.

O Ceará foi escolhido para abrigar o mecanismo principalmente pela constância dos ventos alísios. O movimento desse ar gera ondas regulares no mar cearense. Elas não atingem níveis elevados, como no Havaí, por exemplo, mas são constantes, fator que aumenta a eficiência da usina.

Potencial
O País tem grande potencial para aproveitar as forças do mar e convertê-las em energia elétrica. O litoral brasileiro, de cerca de 8 mil quilômetros de extensão, é capaz de receber usinas de ondas que produziriam algo em torno de 87 gigawatts. Desse total, 20% seriam convertidos em energia elétrica, o que equivaleria a 17% da capacidade total instalada no País. Os impactos ambientais desse tipo de fonte energética são considerados baixos. As vantagens são o fato de uma usina de ondas contar com uma fonte abundante, limpa e renovável de recursos.

Fonte: Diário do Nordeste

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Sustentabilidade Agora - Faça Você Mesmo!

Essa é mais uma iniciativa do blog Sustente a Vida. Uma simples ação que pode levar outros a se interessarem pelo tema!

Imprima as duas imagens abaixo, numa mesma folha A4 ou ofício, frente e verso. Depois basta dobrar em 3 partes iguais (uma para cada coluna) e distribuir como um folheto de orientação para iniciação no assunto da sustentabilidade.

Faça a sua parte e ajude o planeta!



quarta-feira, 23 de maio de 2012

Protocolo de Quioto


O Protocolo de Quioto é consequência de uma série de eventos iniciada com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá (outubro de 1988), seguida pelo IPCC's First Assessment Report em Sundsvall, Suécia (agosto de 1990) e que culminou com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (CQNUMC, ou UNFCCC em inglês) na ECO-92 no Rio de Janeiro, Brasil (junho de 1992). Também reforça seções da CQNUMC.

Constitui-se no protocolo de um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que agravam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, como causa antropogênicas do aquecimento global.

Discutido e negociado em Quioto no Japão em 1997, foi aberto para assinaturas em 11 de Dezembro de 1997 e ratificado em 15 de março de 1999. Sendo que para este entrar em vigor precisou que 55 países, que juntos, produzem 55% das emissões, o ratificassem, assim entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, depois que a Rússia o ratificou em Novembro de 2004.

Por ele se propõe um calendário pelo qual os países-membros (principalmente os desenvolvidos) têm a obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012, também chamado de primeiro período de compromisso (para muitos países, como os membros da UE, isso corresponde a 15% abaixo das emissões esperadas para 2008).
As metas de redução não são homogêneas a todos os países, colocando níveis diferenciados para os 38 países que mais emitem gases. Países em franco desenvolvimento (como Brasil, México, Argentina e Índia) não receberam metas de redução, pelo menos momentaneamente.

A redução dessas emissões deverá acontecer em várias atividades econômicas. O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de algumas ações básicas:

Reformar os setores de energia e transportes;

Promover o uso de fontes energéticas renováveis;

Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção;

Limitar as emissões de metano no gerenciamento de resíduos e dos sistemas energéticos;

Proteger florestas e outros sumidouros de carbono.

Se o Protocolo de Quioto for implementado com sucesso, estima-se que a temperatura global reduza entre 1,4°C e 5,8 °C até 2100, entretanto, isto dependerá muito das negociações pós período 2008/2012, pois há comunidades científicas que afirmam categoricamente que a meta de redução de 5% em relação aos níveis de 1990 é insuficiente para a mitigação do aquecimento global.


Depois de 2012

O protocolo de Quioto expira em 2012, e já há o compromisso da ONU e de alguns governos para o delineamento de um novo acordo ou o que é mais provável de uma emenda no Protocolo de Quioto, que estabeleceria novas metas a serem cumpridas após 2012. As discussões começaram em 16 de Fevereiro de 2007 em Washington, os chefes de estado do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia, Reino Unido, Estados Unidos, Brasil, China, Índia, México e África do Sul concordaram em princípio sobre o esboço de um sucessor para o Protocolo de Quioto. Eles discutiram, em especial, a criação de um limite máximo para o comércio dos créditos de carbono, bem como a aplicação de metas de redução das emissões de CO2 aos países em desenvolvimento, e se propuseram a delinear tal esboço até o término de 2009.

Em 7 de Junho de 2007, os líderes na 33ª reunião do G8, afirmaram que as nações do G8 visam reduzir, pelo menos, para metade as emissões globais de CO2 até 2050. Os detalhes que possibilitariam cumprir tal meta de redução seriam negociados pelos ministros do meio ambiente dos países do G8 dentro da Convenção das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (UNFCCC), em um processo que poderia também incluir as grandes economias emergentes.

Uma rodada de conversações sobre as alterações climáticas, sob os auspícios da Convenção das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (UNFCCC) (Viena, encontro sobre mudanças climáticas, 2007), foi celebrada em 31 agosto 2007 com o acordo sobre os principais elementos para uma eficaz resposta internacional às alterações climáticas, o Mapa do Caminho (roteiro de negociações que nortearam tal convenção), não propunha um novo protocolo para substituir o de Quioto, já que o mesmo exigiria uma nova rodada de ratificações que poderia perdurar por anos como foi o caso do Protocolo de Quioto (que só entrou em vigor após ser ratificado por uma quantidade de países que perfaziam 55% das emissões mundiais de CO2, tendo decorrido da abertura para às adesões até sua entrada em vigor mais de sete anos), mas sim um segundo período de vigoração do protocolo, com novas metas a serem definidas.

Uma característica chave das conversações foi um relatório das Nações Unidas que mostrou como a eficiência energética poderia trazer significativas reduções nas emissões de baixo custo.

As conversações tinham por objectivo definir o cenário para uma grande reunião internacional que se realizou em Nusa Dua, Bali, Indonésia, em 3 de Dezembro de 2007.

A Conferência de 2008 foi realizada em dezembro, em Poznan, Polónia. Um dos principais tópicos sobre esta reunião foi a discussão de uma possível implementação do "desmatamento evitado", também conhecido como redução das emissões de desmatamento e degradação florestal (REDD), o que tange a adoção de um sistema de créditos de carbono concedidos à projetos que evitem o desflorestamento, já que o "desmatamento evitado" é suposto servir como medida de redução das emissões de CO2 (como sumidor de carbono), posto que as florestas são importantes fontes de absorção de gás carbônico e que o desmatamento por meio de queimadas é o principal fator de emissões em alguns países em desenvolvimento.

A Conferência de 2009 foi sediada em Copenhague durando de 7 a 18 de dezembro, e após grandes divergências entre os países ricos e o grupo dos países em desenvolvimento acerca de temas como metas de redução de emissão de gases do efeito estufa e contribuição para um possível "fundo climático", terminou sem que se atingisse um acordo definitivo, que será discutido na próxima conferência da ONU sobre mudanças climáticas, a COP 16, a ser realizada no México em dezembro de 2010.[4] No dia 24 de outubro de 2009, celebrado como Dia Internacional da Ação Climática, milhares de pessoas em 180 países, manifestaram-se pela diminuição dos níveis de CO2 na atmosfera. Estas manifestações foram convocadas por uma ONG chamada 350.org, que advoga que os níveis de CO2 devem baixar dos valores de 385-389, existentes nessa altura, para um valor seguro de 350 ppm. Para esse efeito, grupos de pessoas sentaram-se no chão, em cidades, campos de neve e no fundo do oceano, junto à Grande Barreira de Coral, formando os algarismos 350.

terça-feira, 22 de maio de 2012

22 de Maio - Dia Internacional da Biodiversidade



Biodiversidade ou diversidade biológica é a diversidade da natureza viva. Desde 1986, o conceito tem adquirido largo uso entre biólogos, ambientalistas, líderes políticos e cidadãos informados no mundo todo. Este uso coincidiu com o aumento da preocupação com a extinção, observado nas últimas décadas do século XX.



segunda-feira, 21 de maio de 2012

Convenção sobre Diversidade Biológica (1992)


A Convenção Sobre Diversidade Biológica (CBD) estabelece normas e princípios que devem reger o uso e a proteção da diversidade biológica em cada país signatário.



Em linhas gerais, a Convenção da Diversidade Biológica - CDB propõe regras para assegurar a conservação da biodiversidade, o seu uso sustentável e a justa repartição dos benefícios provenientes do uso econômico dos recursos genéticos, respeitada a soberania de cada nação sobre o patrimônio existente em seu território.
A Convenção Sobre Diversidade Biológica (CBD) já foi assinada por 175 países (em 1992 durante a Eco-92), dos quais 168 a ratificaram, incluindo o Brasil (Decreto Nº 2.519 de 16 de março de 1998).

Um dos conflitos entre a CDB e o tratado internacional TRIPS é que, enquanto a CDB, estabelece princípios de repartição justa e equitativa dos benefícios, valorização dos conhecimentos tradicionais entre outros, o sistema de patentes do TRIPs protege, assegura monopólio e propriedade àquele que detém e desenvolve novas tecnologias e produtos, inclusive os oriundos da biodiversidade acessada por meio de conhecimento tradicional.

As propostas sobre a implementação dos princípios da CDB entre os países mega-biodiversos e aqueles detentores de tecnologia não avançam em função de que alguns países, como é o caso dos EUA, não ratificaram essa tratado multilateral. Portanto, não são obrigados a respeitar (e não respeitam) os princípios da Convenção.

A Convenção da Diversidade Biológica 
e suas repercussões no Brasil


São três os objetivos apregoados da Convenção da Diversidade Biológica (CDB):
  • a conservação da diversidade biológica;
  • o uso sustentável de suas partes constitutivas;
  • a repartição justa e eqüitativa dos benefícios que advêm do uso dos recursos genéticos.
A CDB é um instrumento de direito internacional, acordado e aberto a adesões durante a reunião das Nações Unidas realizada no Rio de Janeiro em junho de 1992. Até o final de 1997, 187 países já haviam aderido e, na sua imensa maioria (169), ratificado, também, as disposições da Convenção. No Brasil, essa ratificação se deu através do Congresso Nacional, em maio de 1994. Com a ratificação, a Convenção passou a ter valor de lei interna ao país. Sem regulamentação, no entanto, a Convenção não se tornou operatória. Nesse sentido, a senadora Marina Silva (PT/Acre) apresentou, em 1995, um projeto de lei de Acesso ao Patrimônio Genético e ao conhecimento associado (Projeto de Lei no Senado 306/95), discutindo-o amplamente com representantes da sociedade civil em vários pontos do país. Um substitutivo foi apresentado pelo relator, senador Osmar Dias (PSDB/Paraná), e aprovado em fins de 1997, na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Consta que já foi aprovado também na Comissão de Educação do Senado. Foi apresentado na Câmara, em fins de maio de 1998, um novo projeto de regulamentação de autoria de Jacques Wagner (PT/Bahia). Finalmente, o governo formou um Grupo Interministerial de Acesso aos Recursos Genéticos, que deve resultar brevemente em uma proposta de lei na Câmara.

domingo, 20 de maio de 2012

A Convenção do Clima de 1992 - ECO-92


A ECO-92, Rio-92 ou Cúpula da Terra são nomes pelos quais é mais conhecida a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), realizada entre 3 e 14 de junho de 1992 no Rio de Janeiro. O seu objetivo principal era buscar meios de conciliar o desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e proteção dos ecossistemas da Terra.

A Conferência do Rio consagrou o conceito de desenvolvimento sustentável e contribuiu para a mais ampla conscientização de que os danos ao meio ambiente eram majoritariamente de responsabilidade dos países desenvolvidos. Reconheceu-se, ao mesmo tempo, a necessidade de os países em desenvolvimento receberem apoio financeiro e tecnológico para avançarem na direção do desenvolvimento sustentável. Naquele momento, a posição dos países em desenvolvimento tornou-se mais bem estruturada e o ambiente político internacional favoreceu a aceitação pelos países desenvolvidos de princípios como o das responsabilidades comuns, mas diferenciadas. A mudança de percepção com relação à complexidade do tema deu-se de forma muito clara nas negociações diplomáticas, apesar de seu impacto ter sido menor do ponto de vista da opinião pública.


A G E N D A   2 1



O principal documento produzido na RIO-92, o Agenda 21 é um programa de ação que viabiliza o novo padrão de desenvolvimento ambientalmente racional. Ele concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. Este documento está estruturado em quatro seções subdivididas num total de 40 capítulos temáticos. Eles tratam dos temas:

Dimensões Econômicas e Sociais – enfoca as políticas internacionais que podem ajudar o desenvolvimento sustentável nos países em desenvolvimento, as estratégias de combate à pobreza e à miséria, as mudanças necessárias a serem introduzidas nos padrões de consumo, as inter-relações entre sustentabilidade e dinâmica demográfica, as propostas para a promoção da saúde pública e a melhoria da qualidade dos assentamentos humanos;

Conservação e questão dos recursos para o desenvolvimento – apresenta os diferentes enfoques para a proteção da atmosfera e para a viabilização da transição energética, a importância do manejo integrado do solo, da proteção dos recursos do mar e da gestão eco-compatível dos recursos de água doce; a relevância do combate ao desmatamento, à desertificação e à proteção aos frágeis ecossistemas de montanhas; as interfaces entre diversidade biológica e medidas requeridas para a proteção e promoção de alguns dos segmentos sociais mais relevantes - analisa as ações que objetivam a melhoria dos níveis de educação da mulher, bem como a participação da mesma, em condições de igualdade, em todas as atividades relativas ao desenvolvimento e à gestão ambiental. Adicionalmente, são discutidas as medidas de proteção e promoção à juventude e aos povos indígenas, às ONG's, aos trabalhadores e sindicatos, à comunidade científica e tecnológica, aos agricultores e ao comércio e a indústria.

Revisão dos instrumentos necessários para a execução das ações propostas - discute os mecanismos financeiros e os instrumentos e mecanismos jurídicos internacionais; a produção e oferta de tecnologias ecos-consistentes e de atividade científica, enquanto suportes essenciais à gestão da sustentabilidade; a educação e o treinamento como instrumentos da construção de uma consciência ambiental e da capacitação de quadros para o desenvolvimento sustentável; o fortalecimento das instituições e a melhoria das capacidades nacionais de coleta, processamento e análise dos dados relevantes para a gestão da sustentabilidade.

A aceitação do formato e conteúdo da Agenda - aprovada por todos os países presentes à CNUMAD - propiciou a criação da Comissão de Desenvolvimento Sustentável (CDS), vinculada ao Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC). A CDS tem por objetivo acompanhar e cooperar com os países na elaboração e implementação das agendas nacionais, e vários países já iniciaram a elaboração de suas agendas nacionais. Dentre os de maior expressão política e econômica, somente a China terminou o processo de elaboração e iniciou a etapa de implementação.


No PDF abaixo você poderá ver a AGENDA 21 (em inglês) diretamente no nosso blog, sem a necessidade de download. Basta aguardar que carregue o arquivo, o que pode demorar alguns segundos.

Agenda 21 - ECO-92




sábado, 19 de maio de 2012

O Relatório Brundtland - Os Limites do Crescimento


Relatório Brundtland é o documento intitulado Nosso Futuro Comum (Our Common Future), publicado em 1987. Neste documento o desenvolvimento sustentável é concebido como:

"o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades." 

O Relatório, elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, faz parte de uma série de iniciativas, anteriores à Agenda 21, as quais reafirmam uma visão crítica do modelo de desenvolvimento adoptado pelos países industrializados e reproduzido pelas nações em desenvolvimento, e que ressaltam os riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas. O relatório aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os padrões de produção e consumo vigentes.

No início da década de 1980, a ONU retomou o debate das questões ambientais. Indicada pela entidade, a primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, chefiou a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, para estudar o assunto. O documento final desses estudos chamou-se Nosso Futuro Comum, também conhecido como Relatório Brundtland. Apresentado em 1987, propõe o desenvolvimento sustentável, que é “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades”.

Fica muito claro, nessa nova visão das relações homem-meio ambiente, que não existe apenas um limite mínimo para o bem-estar da sociedade; há também um limite máximo para a utilização dos recursos naturais, de modo que sejam preservados.




O Clube de Roma, fundado em Abril de 1968 é um think tank composto por várias personalidades de relevo mundial, que se juntaram para debater assuntos relacionados com ambiente, política internacional e económica.

O relatório "The Limits to Growth" (Os limites do crescimento), da autoria de Donella H. Meadows, Dennis L. Meadows, Jørgen Randers, and William W. Behrens III. O relatório foi efectuado por uma equipa do MIT chefiada por Donella Meadows, a solicitação do Clube de Roma.

A Conferência de Estocolmo sobre o Ambiente Humano das Nações Unidas foi a primeira Cimeira da Terra,e onde ocorreu pela primeira vez a nível mundial preocupação com as questões ambientais globais.

O Relatório O Nosso Futuro Comum foi criado pela Comissão Brundtland, em nome da ONU

sexta-feira, 18 de maio de 2012

O Clube de Roma


O Clube de Roma é um grupo de pessoas ilustres que se reúnem para debater um vasto conjunto de assuntos relacionados a política, economia internacional e , sobretudo, ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Foi fundado em 1968 pelo industrial italiano Aurelio Peccei e pelo cientista escocês Alexander King.


Tornou-se muito conhecido a partir de 1972, ano da publicação do relatório intitulado Os Limites do Crescimento, elaborado por uma equipe do MIT, contratada pelo Clube de Roma e chefiada por Dana Meadows.

O relatório, que ficaria conhecido como Relatório do Clube de Roma ou Relatório Meadows, tratava de problemas cruciais para o futuro desenvolvimento da humanidade tais como energia, poluição , saneamento, saúde, ambiente, tecnologia e crescimento populacional, foi publicado e vendeu mais de 30 milhões de cópias em 30 idiomas. tornando-se o livro sobre ambiente mais vendido da história.

Utilizando modelos matemáticos, o MIT chegou à conclusão de que o Planeta Terra não suportaria o crescimento populacional devido à pressão gerada sobre os recursos naturais e energéticos e ao aumento da poluição, mesmo tendo em conta o avanço tecnológico.

Alguns críticos dizem que a análise e as projeções do cenário futuro apresentados no livro mostraram-se equivocadas, uma vez que nenhuma das previsões, tanto nos aspectos de esgotamento dos recurso naturais, como da evolução dos processos produtivos se confirmaram. Outros cientistas, como o Prof. Jorge Paes Rios, da UFRJ e da Université de Grenoble - França, concordam com a maioria das conclusões do Relatório sendo apenas questão de tempo, aliás como mostra o próprio relatório baseado em modelos matemáticos. Afirma Rios, na sua tese, que como todo modelo matemático global podem existir algumas imprecisões ou mesmo simplificações, o que não invalida as conclusões principais.

A seguir você poderá ver uma parcial do livro do Relatório do Clube de Roma (em inglês). Caso queria ler o livro completo, visite: http://www.scribd.com/doc/61854342/1972-The-Limits-to-Growth

Relatório do Clube de Roma

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Consumo cada vez maior e utilização de mais recursos por população crescente aumenta a pressão sobre o planeta


A demanda cada vez maior por recursos por uma população crescente está causando uma enorme pressão sobre a biodiversidade do planeta e ameaça nosso futuro em termos de segurança, saúde e bem-estar. É o que revela a edição de 2012 do Relatório Planeta Vivo da Rede WWF, principal pesquisa bianual sobre a saúde do planeta, lançado hoje pelo WWF.

Produzido em colaboração com a Sociedade Zoológica de Londres e a Global Footprint Network (Rede da Pegada Mundial), o relatório deste ano foi lançado nesta terça-feira (15 de maio) na Estação Espacial Internacional pelo astronauta holandês André Kuipers, que apresentou uma perspectiva única da situação do planeta em sua missão na Agência Espacial Europeia. 

Temos apenas um planeta. Daqui de cima, posso ver a pegada da humanidade, inclusive os incêndios florestais, a poluição do ar e a erosão – são desafios que se refletem nesta edição do Relatório do Planeta Vivo”, afirmou Kuipers, ao apresentar o relatório durante sua segunda missão espacial. “Embora o planeta sofra pressões insustentáveis, nós temos a capacidade de salvar o nosso lar, não apenas em nosso próprio benefício mas, sobretudo, para as próximas gerações
 - André Kuipers

Você pode ver a versão completa do relatório em inglês clicando aqui. A versão reduzida do estudo, em português, pode ser visto abaixo em PDF. Não é necessário download. Basta aguardar que o documento seja carregado.


quarta-feira, 16 de maio de 2012

De economias verdes a sociedades verdes: compromisso da UNESCO com o desenvolvimento sustentável


A conferência Rio+20 oferece ao mundo uma oportunidade única para impulsionar a agenda do desenvolvimento sustentável. A Conferência tem três objetivos principais: assegurar um compromisso político renovado para o desenvolvimento sustentável, avaliar o progresso e as lacunas na implementação de acordos estabelecidos e lidar com os novos e emergentes desafios. Os dois temas da Conferência são a economia verde dentro do contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e o marco institucional para o desenvolvimento sustentável.

No PDF abaixo você poderá conhecer mais das ações da UNESCO em relação ao RIO +20. Não é necessário fazer download. Apenas espere carregar e navegue pelas páginas sem precisar sair do blog!

De Economias Verdes a Sociedades Verdes

terça-feira, 15 de maio de 2012

Idéias de Ações Simples que podem Mudar o Mundo

Listamos aqui algumas idéias simples que podem fazer a diferença ao se tornar um hábito dos jovens!



1 - Reúna alguns amigos para um passeio no parque. Mas adicione um pequeno toque: Reserve uma ou duas horas para pegar o lixo, tornando o parque mais limpo e bonito para todos desfrutarem. 

2 - Reserve uma hora por mês para ser voluntário em alguma organização da sua comunidade. Você pode ajudar abrigos para os sem-tetos, distribuição de sopa, abrigos de animais, unidades de reciclagem, limpeza de eventos, entre outros.

3 - Verde é sempre um grande estilo - Procure por roupas ou tecidos orgânicos quando você for às compras. 

4 - Use sacos reutilizáveis ​​tanto no shopping quanto no supermercado e diga aos balconistas que você não precisa de um novo saco, se não for necessário.

5 - Inicie uma "patrulha da bondade". Se você notar um membro da família ou um amigo fazendo algo de bom, escreva-lhes um bilhete ou um cartão de agradecimento dizendo "Obrigado por fazer a diferença!" Então diga a pessoa que você viu o porque você foi inspirado por sua bondade.

6 - Leia o jornal com um familiar ou um professor. Ao ver um artigo que faz você se perguntar sobre o porquê que essas coisas acontecem, discuta sobre os diferentes sentimentos e pontos de vista do povo no artigo.

7 - Converse com seus pais sobre quem eles consideram ser os seus heróis. Descubra o que define um herói e depois pense em quem são seus heróis e por quê.




8 - Construa um jardim no seu quintal.

9 - Use uma garrafa de água reutilizável e evitar a compra de água engarrafada, quando possível.

10 - Use uma caneca reutilizável ao comprar uma bebida em um café ou em qualquer outro lugar que for possível.

11 - Visite o site do Centro de Património Mundial da UNESCO, que lista cerca de 200 sites de Patrimônio Natural da Humanidade em todo o mundo. Tire algum tempo para explorar essas maravilhas. Em seguida, discuta com os amigos e / ou família, qual desses tesouros naturais iria fazer a sua lista dos dez melhores lugares para se viajar, para que você possa desfrutar do ambiente em sua forma mais incrível.

12 - Em vez de caminhar por um copo, latinha ou um pedaço de papel no chão, pegue-o e jogue-o fora. Deixe o lugar melhor do que você encontrou.

13 - Confira o site de uma organização que trabalha para fornecer ajuda e alívio para países afetados por desastres naturais. Compartilhe o que você aprendeu com pelo menos, três pessoas diferentes.

14 - Você acabou de ler ou ouviu falar de um desastre natural em algum lugar do mundo? Converse com seus pais ou com um professor sobre como esse desastre faz você se sentir. Também discuta as seguintes questões: O que você sabe sobre isso? O que mais você espera entender? O que você poderia fazer para ajudar?

15 - Há assim muitos tipos diferentes de catástrofes naturais: terremotos, fome, secas e furacões, entre outros. Saiba mais sobre cinco diferentes tipos de desastres, em seguida, converse sobre eles com a sua família e / ou professor. O que você sabe sobre estes desastres? Como alguém pode se preparar para cada tipo? Que dicas você precisa saber para sobreviver a cada tipo de desastre?


sábado, 12 de maio de 2012

UMA INTRODUÇÃO AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

O que é desenvolvimento sustentável?
A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. 


É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.

Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.



O que é preciso fazer para alcançar o desenvolvimento sustentável?

Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos.


Esse conceito representou uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o meio ambiente. 



Muitas vezes, desenvolvimento é confundido com crescimento econômico, que depende do consumo crescente de energia e recursos naturais. Esse tipo de desenvolvimento tende a ser insustentável, pois leva ao esgotamento dos recursos naturais dos quais a humanidade depende. 


Atividades econômicas podem ser encorajadas em detrimento da base de recursos naturais dos países. Desses recursos depende não só a existência humana e a diversidade biológica, como o próprio crescimento econômico. 


O desenvolvimento sustentável sugere, de fato, qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem.


Os modelos de desenvolvimento dos países industrializados devem ser seguidos?

O desenvolvimento econômico é vital para os países mais pobres, mas o caminho a seguir não pode ser o mesmo adotado pelos países industrializados. Mesmo porque não seria possível. 


Caso as sociedades do Hemisfério Sul copiassem os padrões das sociedades do Norte, a quantidade de combustíveis fósseis consumida atualmente aumentaria 10 vezes e a de recursos minerais, 200 vezes. 


Ao invés de aumentar os níveis de consumo dos países em desenvolvimento, é preciso reduzir os níveis observados nos países industrializados.  Os crescimentos econômico e populacional das últimas décadas têm sido marcados por disparidades.  Embora os países do Hemisfério Norte possuam apenas um quinto da população do planeta, eles detêm quatro quintos dos rendimentos mundiais e consomem 70% da energia, 75% dos metais e 85% da produção de madeira mundial. 

Da teoria à prática

Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, garantindo a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.


Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.

Nos últimos anos, práticas de responsabilidade social corporativa tornaram-se parte da estratégia de um número crescente de empresas, cientes da necessária relação entre retorno econômico, ações sociais e conservação da natureza e, portanto, do claro vínculo que une a própria prosperidade com o estado da saúde ambiental e o bem-estar coletivo da sociedade. 

É cada vez mais importante que as empresas tenham consciência de que são parte integrante do mundo e não consumidoras do mundo. O reconhecimento de que os recursos naturais são finitos e de que nós dependemos destes para a sobrevivência humana, para a conservação da diversidade biológica e para o próprio crescimento econômico é fundamental para o desenvolvimento sustentável, o qual sugere a utilização dos recursos naturais com qualidade e não em quantidade.

Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa




Evolução Histórica da Sustentabilidade e da Responsabilidade social Corporativa - © WWF-Brasil


O consumidor é cada vez mais consciente do peso ecológico e social de suas próprias escolhas. Assim, para a empresa garantir a satisfação dos consumidores ela terá, cada vez mais, que fornecer respostas coerentes a estes assuntos, reconhecendo a crescente sensibilidade do mercado às temáticas como a sustentabilidade e empenhando-se a atingir resultados positivos a favor do ambiente. 

Empresas que queiram manter a competitividade ao longo prazo devem, portanto, responder às expectativas dos cidadãos-consumidores, valorizando o comportamento responsável.





fonte: http://www.wwf.org.br

quinta-feira, 22 de março de 2012

Dia Mundial da Água




O "Dia Mundial da Água" foi criado pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas através da resolução A/RES/47/193 de 21 de Fevereiro de 1993, declarando todo o dia 22 de Março de cada ano como sendo o Dia Mundial das Águas (DMA), para ser observado a partir de 1993, de acordo com as recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento contidas no capítulo 18 (Recursos hídricos) da Agenda 21.


sexta-feira, 16 de março de 2012

Assine a Petíção - Um novo plano para salvar o planeta


Neste fim de semana, os oito líderes mais poderosos do mundo irão se reunir no encontro do G8 e poderão entrar em acordo sobre um plano que poderia, literalmente, interromper as mudanças climáticas!


É incrível, mas atualmente, nossos governos dão cerca de 1 trilhão de dólares por ano dos nossos impostos para grandes empresas de petróleo e carvão destruírem nosso planeta. Os principais líderes do mundo já concordaram em acabar com esses pagamentos poluidores, entre eles o presidente Obama, anfitrião do evento. Portanto, se exigirmos agora que eles cumpram suas palavras e redirecionem essa quantidade enorme de dinheiro para energias renováveis, de acordo com especalistas, nós poderíamos realmente salvar o planeta!

É algo tão óbvio que nossos líderes inclusive já entraram em acordo quanto a isso. Vamos manter a pressão sobre o presidente Obama, para que ele lidere as maiores economias do mundo a transformar esses subsídios poluidores em subsídios verdes. Assine a petição urgente à direita e compartilhe com todos seus amigos e familiares – uma campanha maciça neste momento pode forçar nossos líderes a transformar palavras em ação.

Assine a Petição


Para todos os líderes do G8 e G20:

Enquanto cidadãos preocupados ao redor do mundo, nós exigimos que os senhores honrem seus compromissos para acabar com o repasse de recurso proveniente de impostos pagos pelos cidadãos para a indústria de combustíveis fósseis e que dêem um passo adiante redirecionando este dinheiro para a energia limpa. Para poder salvar nosso planeta nós precisamos virar o jogo agora. Nós pedimos aos senhores que primeiro dêem o exemplo, e em seguida, coloquem o fim aos pagamentos poluidores no topo das prioridades globais da Rio+20.
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